terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Christmas Countdown


Para variar, faz tempo que não escrevo. Não por falta de assunto, talvez por ficar sempre repensando o porquê de eu escrever, rs. Mas, como sempre acabo concluindo que é um prazer e que me faz um bem danado, volto, feliz da vida por ainda ter o canto das palavras pra voltar.

Já disse que amo o Natal? Não apenas a noite, não apenas o dia, mas todo o Mês, todos os preparativos e cheiros que envolvem a alegria da festa. Amo o cheiro do ar que muda, a grama que fica mais verdinha, as manhãs de sol, músicas de Natal até na venda da esquina, luzinhas piscando por todo lado, amo tudo isso.

Mas, acima de tudo isso, tenho tido um sentimento tão grande de gratidão a Deus, por cada detalhe que Ele cuida e que nem sempre eu noto (mas certamente notaria se Ele não cuidasse!). Grata pelas respostas de oração e por saber, a toda hora, que Ele está ali, perto o suficiente para minha voz alcançar Seu coração. Que privilégio ser filha! (E que privilégio poder ser mãe também!)

Oro para que meu coração nunca se esqueça do que hoje está vendo: o tanto que Deus faz!

E assim, na contagem regressiva pela deliciosa noite e pelo apetitoso dia de Natal, vamos caminhando, com o coração pulando em OBRIGADAS!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Na rotina...

Sabe quando você olha alguns dias e percebe que naquela mesma hora você sempre está fazendo a mesma coisa? Sim, rotina é o nome disso. Tem quem a odeie, mas gosto tanto de uma rotina, gosto tanto de rituais e a certeza de certos momentos que irão chegar,..., nas suas delícias e chatices.

Rotina do café
Rotina (S) da Bia
Rotina de Bruno
Rotina de mim mesma comigo
Rotina de solzinho na sala...

Quando se tem um bebê, a perspectiva da rotina se altera porque, inicialmente, sua rotina vira uma fralda, um leite, um choro e uma olheira. Com o passar do tempo, a gente percebe que certas rotinas aparentemente inúteis produzem um serzinho saudável, uma relação de amor e compreensão, produzem frutos.

Fiquei pensando nisso quando achei minha rotina um pouco inútil nos últimos tempos. Cuidar da Bia, alimentá-la, banhá-la, ensiná-la, educá-la e muitos outros á-las! Cuidar da casa, e outros á-las pertinentes. Cuidar do Bruno, fazer a vida caminhar com organização, limpeza e ordem. Cuidar de mim e de 3 pacientes que ainda me restam. Superficialmente, uma rotina comum, de uma mulher comum. Criticável talvez aos olhos de quem mede sucesso por profissão, e frutos pelo dinheiro que se ganha... Talvez um dia-a-dia longe do sucesso. Mas comecei a perceber as inúmeras possibilidades que minha simples rotina implica: possibilidade de ver minha filha crescer a ser um elemento ativo no seu amadurecimento e educação; ter o privilégio de ser presente para o Bruno, nos seus dias mais pesados e cansados, ser seu refúgio, sua mulher; poder cuidar da minha casa com o carinho único de quem dorme nela; atender meus 3 pacientes com o comprometimento de quem sabe o valor que eles têm; estudar e apreciar cada palavrinha do livro, sem a pressa de antes. Acima de tudo isso, lembrar que há tempo para tudo e que, nesse tempo e rotina de hoje, Deus me colocou nesses papéis para, em cada um deles, ser o que Ele espera de mim e não o que eu espero de mim mesma... mesmo contrariando o que a maioria diz e pensa.

Oro para que eu consiga, nessa pequena grande rotina de mulher, ir além do que os olhos vêem, para alcançar o coração que só Deus vê.


E, por mais incrível que pareça, é na pequeneza da rotina que realizamos a grandeza de uma vida toda recheada de valores reais e dias para lembrar.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

as I wait...

O farol estava demorando demais para abrir....
A fila estava muito demorada...
A pessoa do caixa ligou a luzinha bem na minha vez para chamar a gerente...
Ninguém vem para atender...
A internet é lerda...

Ontem, eu fiquei pensando no imediatismo que tomou conta de gente, não sabemos e não suportamos mais esperar.

Tudo que nos faça demorar um pouco mais nos irrita, nos aborrece, nos estressa. A minha geração nasceu no LP e conheceu logo cedo o CD, passamos da máquina de escrever para as teclas do computador em questão de anos, vimos o celular tijolão virar uma folha de tão fino e leve. Ao mesmo tempo em que tudo isso facilitou nossa vida, que bom por isso, sinto por não ter a sabedoria da espera que acompanhou nossos avós, nossos pais, os que antes vieram. Buscamos uma vida mais calma e tranqüila mas esta, muitas vezes, nos irrita por ser devagar demais para nossos passos apressados. A Bia, no auge do seu 1 ano e meio, já é apressada, coitada! Quando pede um papá, quer agora, afinal ela já sabe que o microondas é rapidinho!

Apesar das facilidades que nosso mundo nos oferece hoje, sinto pór não saber esperar. Sinto pela inquietação que nos move e nos afoba. Sinto por estar sempre atrasada, ocupada ou impaciente pelo que ainda virá.
Como esperar e descansar em Deus se não sabemos nem sentar e aquietar a nossa boca? Como sossegar nosso coração no Senhor se não conseguimos nem discernir bem o que este diz em meio a tanto barulho e tumulto (interno e externo)?

Tenho sentido muito essa dificuldade: a da espera.

Lembrei da espera de Isaque... Gente, ele esperou 7 anos por uma mulher e levou outra! Depois esperou mais 7 pela que tanto queria! A gente não sabe insistir em oração porque não queremos esperar o tempo que talvez Deus tenha para nos moldar e ensinar durante o processo.

Sou parte da geração do “pra ontem”, servindo a um Deus do “no Meu tempo”.
Mais uma vez, faço desse espaço um lugar de desabafo, orando para que Deus nos ENSINE a esperar, a acalmar e saber que, mesmo quando demora, Ele ainda está no controle, Ele nunca dormiu ou desistiu.

Que em tempos de teclados, botõezinhos e instantâneos, saibamos não olhar com os nossos olhos humanos e impacientes, para que nosso Espírito e coração possam desfrutar da paz sem explicação e da espera produtiva!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

How to hate a bird in 3 days...

Vamos lá, hoje não farei uma reflexão, farei apenas uma constatação de um intrigante fato que há dias me atormenta.... Um desabafo...

Todos os dias, às 6 e 15 da manhã, levo o Bruno para pegar o fretado para São Paulo. Depois volto, olhando casinhas iluminadas (e já imagino mesas bem gostosas de café com crianças caindo de sono, rs), pessoas atrasadas e outras ainda em sistema lento. Chego em casa com a agradável sensação de que ainda resta um soninho por vir. Bia ainda hiberna em seu bercinho e lá está ela, minha cama linda e ainda quentinha, me esperando de braços e travesseiros abertos! Eu deito, ouço o cachorro do vizinho latir, as crianças entrarem no carro e me ajeito, pronta para o soninho que ainda tenho. Sim, até aqui, uma linda e habitual manhã... Se não fosse por um detalhe... o passarinho...

Há 3 dias, no exato horário das 6 e 35 da matina, um passarinho vem até minha janela da sala e lá fica. Não, não entenda mal... Ele não apenas fica ali, ele bate, bica e revira. Ele faz o barulho de uma furadeira... Estou até cogitando a hipótese de ele ser um real pica-pau, precisamente sádico, esperando o momento que eu deito para o segundo round de soneca. Já tentei algumas abordagens: assustá-lo e encará-lo no exato momento da barulheira; colocar uma toalha estendida na janela, caso sua rebeldia seja decorrente de algo que queira pegar aqui dentro da minha casa; abrir e fechar a janela, tentando demonstrar minha presença ameaçadora; fechar a janela do meu quarto e cobrir minhas orelhas o máximo possível, abafando o som de suas asas e bico (que deve ser de aço, pela sonoridade causada!). Enfim, nada disso resolveu e, como solução temporária, tenho assistido aos Jogos Olímpicos, fingindo ser fã a ponto de prestigiar o Brasil em Pequim às 6 e tantas da manhã. E quando os jogos acabarem?? O pica-pau sádico e persistente continuará lá??

Se você tiver alguma sugestão ainda não testada, eu aceito e prometo tentar, contando depois os efeitos de mais uma ofensiva contra o passarinho de cauda laranja!

Enquanto isso, eu e o Sr. Pássaro Matinal aprendemos a conviver... espero que ele perceba que a janela não é a árvore e encontre outros ninhos para acordar por aí!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

A beleza de ser A

Hoje a Dona Bia aprendeu a calçar os sapatos... E se isso não fosse vitória suficiente, ela tb escolhe o par que quer usar, a cor que mais combina com seu humor do dia! Hoje ela também escolheu a cor da camiseta..., onde vamos parar? RS

Essa menininha já tem todo recheio do gene de menina, mas é uma delícia vê-la crescer! Fiquei pensando em como é delicioso ser menina, ser mulher. Há tantos privilégios em sê-las, em sermos, em ser A. É tão bom poder ser delicada, poder passar perfume várias vezes ao dia, poder escolher sapato e bolsa, poder ser vaidosa, poder ser esposa, poder ser mãe, poder ser tantas e ser mulher.

Muitas mulheres me fizeram a mulher Tatiana de hoje. Lembrei tanto da minha avó Therezinha, a vozinha vaidosa, ciumenta, toda poeta e artista, toda linda e chique, toda feminina e cheirosa! Lembrei da avó Ivone, toda inteirona aos 70, toda sábia pela vida e na vida, toda família e amor, toda cozinheira e caprichosa. Lembrei da minha mãe, toda mãe, toda avó, toda esposa, toda todas. Toda cheia de vontade de ser família, toda tão amorosa e cuidadosa, zelosa e atenciosa, toda asas abertas, porto seguro, amor de sempre. São tantas as mulheres que me cercam, que admiro, que gostaria de absorver um pouco do ser... Ah, como gostaria de ser um pouco de cada uma delas, na sua beleza e fraqueza, na força e na insegurança, mulheres de verdade.

Ah que delícia ser A e não O! RS

Bom, preciso parar de escrever, porque a pequena menina moleca da minha vida está revirando armários... E lá vem ela, com um sorriso irrepreensível, chinelinhos na mão... talvez tenha mudado de idéia, tirou os sapatos fechados de antes e descoberto que as mulheres são assim: imprevisíveis, cheias de surpresas!


PS: A todas AS amigas, AS cunhadas, AS da família, AS de perto e de longe: admiro vocês e oro para que sejamos as mulheres lindas que Deus quer que sejamos, a cada dia!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

... não chega de saudade ...

Hoje fui levar Dona Bia no Pronto Socorro. Tadica da minha pequena, assaduras e uma alergia gigante. Crianças não deveriam sofrer, né? Deveriam só precisar brincar, se preocupar com o sabor do sorvete ou com o presente de Natal... Mas não é assim, elas já tem suas pequenas grandes dores, seus pequenos enormes mundos!

Voltando um pouco até ontem... Fui na Bossa na Oca. Para quem não foi, por favor, vá! Não é uma exposição apenas, é uma viagem... Uma delícia de passeio que relaxa nosso cérebro estressado, nos dá história e boa música e nos presenteia com delícias de companhias. Tive o privilégio de passear ontem com duas enciclopédias por perto: Tati K. e Becky. Obrigada a vocês duas por pouparem as mocinhas da exposição do tanto de perguntas que eu faria sem a presença de vocês!!! Bom, pensando na exposição, nas amigas queridas, nas gargalhadas de tirar águas nos olhos..., pensei no que a Tati disse sobre a Bossa: ela nos faz ter saudades, nos faz lembrar, nos faz ficarmos nostálgicos.

Juntando a Bia, os sabores de sorvete e os passeios na Oca, tive saudades da infâncias! rs Aquela infância com batom em formato de Moranguinho (essa foi em sua homenagem Ká!), com elástico pra pular, enquete pra responder, New Kids on the Block pra ouvir, com pastas de papel de carta pra trocar, agenda pra fazer códigos (que a gente mudava toda semana e esquecia depois), letras de música pra decorar, frio na barriga pra sentir e muito patins pra rodar.

Como a simplicidade e a riqueza da Bossa Nova, assim foi a infância pra mim! Como eu quero que a pequena Bia tenha os privilégios da infância e como desejo que, como eu, ela tenha saudades e, ao mesmo tempo, orgulho de ter sido criança!

E assim, a gente vai dançando..., com uma bela Bossa Nova, com lembranças pra aquecer as tardes e com um gostinho de criança, pra gente não virar os adultos chatos que um dia não desejamos ser.

"Tarde cai a tarde
E a sombra vem andando pelo chão Tarde cai a tarde E a saudade Também cai no coração" Antonio Carlos Jobim - Cai a Tarde

domingo, 6 de julho de 2008

Beatriz

Estava aqui escutando a música "Beatriz", pensando na minha Bia.
Hoje eu estou preocupada com ela... Hoje orei por ela, cuidei dela, a observei, a alimentei, como faço todos os dias e, apesar de me assegurar de que todas as suas necessidades estão sendo supridas, há algumas que simplesmente não controlo. Talvez esse seja o maior desafio que a maternidade me apresentou desde que ela nasceu: a falta de controle. Aparentemente, suprimos o que lhe falta, diariamente. Mas, lá no fundo, tenho a certeza de que uma pessoa está crescendo, absorvendo o que vê, o que ouve, o que sente, o que de fato é. Hoje senti um medo enorme da infinidade de crianças, adolescentes e mulheres que ela pode vir a ser e tive que me conformar com uma coisa: eu não posso fazer com que ela seja o que eu quero que ela seja.
Hoje, especialmente, ela estava toda manhosa, chatolenga e irritada. Esses dentes quando resolvem nascer, deveriam vir com uma notificação escrita: paciência, muita paciência, dentes são essenciais, espere-os nascer, COM PACIÊNCIA! rs Haja paciência e amor nesses dias de gengivas inchadas! E, principalmente nesses dias, sou testada no meu ponto fraco: o comportamento da Bia e como ela se relaciona com os outros quando seus gestos não estão totalmente sob meu controle. Gosto quando ela está alegre, risonha, sociável, toda amiga de todos, comendo bem e se alegrando com pedacinhos de chocolate. Nos dias dos dentes (se é que posso chamar assim), seu humor desaparece, sua fome some, sua doçura fica azeda e eu me deparo com o que talvez eu não gostaria que ela fosse: humana... Ela já erra, já peca, já precisa de Deus!
Educar é tão difícil. Só sossego meu coração quando sei que não a educo sozinha e posso contar com a misericórdia de Deus pra descansar minha inquietação. Sei que minha oração faz diferença na vida dela e não vou desistir de mostrar a essa pequena amada o quanto Deus a ama e o quanto precisamos Dele, sempre.
Enquanto as fraldas vão e vêm, durante as mamadeiras e lanchinhos, entre um cochilo e outro... eu vou aprendendo a ser mãe, ela aprende a ser filha, nós aprendemos a ser Filhas...
Te amo Beatriz....

sexta-feira, 27 de junho de 2008

This sweet constant hug...

Ontem, fui ao cinema com a impagável companhia da Bé, a irmã que não tive, mas tenho!

Fomos a um lugar tão bom que dá vontade de voltar todo dia: Reserva Cultural de Cinema, na Paulista. Assistimos a um filme chamado "Away From Her"(Longe Dela). Têm filmes que você assite, vai para casa, janta e dorme, como se nada tivesse acontecido. Mas, alguns, não te deixam passar imune aos sentimentos que mobilizam dentro de você.

Esse, em especial, foi um desses fimes para mim. É a história de um homem e uma mulher, a história qu pode ser a sua ou a minha, talvez por isso seja tão comovente. Ela adoece, ele cuida dela, ela esquece quem ele é, ele se refaz para ser o que ela gostaia que ele tivesse sido antes, ela o ama, ele a ama. Acredito que todos nós tenhamos um enorme desejo por sermos cuidados, amados... Fiquei pensando como devemos valorizar as pessoas que amamos, e que nos amam. Como, muitas vezes, a rotina e as coisas aparentemente pequenas do nosso dia, no final, constroem quem somos e que tipo de marcas deixaremos nesse relacionamento. Apesar de ser um drama daqueles de gastar uma caixa de lenços em 2 horas, saí de lá feliz... Feliz por saber, em primeiro lugar, que tenho um Deus cuidador, amoroso. Acho que esquecemos de vê-lo com braços abertos, lembrando Dele como juiz apenas, não como o próprio Amor. Ontem eu vi Deus com grandes braços fofos, num abraço quente e peludo (um aconchego)! Da mesma forma, lembrei do Bruno, o abraço que me esquenta nessas noites de frio, o homem que Deus colocou na minha vida para que eu cuidasse e para que fosse por ele cuidada, com todo amor. Só tenho a agradecer, a festejar e a relembrar, todo dia, do amor que Deus mostra através da Sua graça, aravés dos braços do Bruno, do sorriso da Bia e das pessoas especiais que vivem ao meu redor, não me deixando esquecer que há sempre pra onde voltar.

Um abraço peludo e quentinho em vocês, cobertores da minha vida!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Cold Afternoons...

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Fiquei tanto tempo sem escrever e tenho tanto o que dizer, que as palavras somem...

Como uma tardezinha quente com uma bela canequinha de café com baunilha e canela, esse blog tem essa mesma função: ser um aconchego...

Hoje só tenho a dizer que meu coração está quentinho apesar do frio, tem fumacinha saindo do meu café, apesar das circunstâncias o tentarem congelar, há muita doçura nesses dias frios cheios de Bia, Bruno e Deus.

Acho que não vou escrever muito nesse primeiro momento, não há mais a pressa que antes havia em mim, tenho muito tempo ainda para escolher bem as palavras ou apenas dizer pouco.

Acredito que uma imagem vá dizer bastante, então, termino com ela, apenas começando: